segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Resident Evil 5

Não sendo eu um verdadeiro entusiasta dos jogos de computador, soube recentemente que a saga do já lendário jogo Resident Evil irá conhecer um novo lançamento para breve, desta feita intitulado Resident Evil 5. Ora se até aqui nada de particularmente especial, acontece que que este jogo está envolto em polémica ainda antes de preencher os ecrãs. Resident Evil não são jogos propriamente pedagógicos ou intelectualmente estimulantes, pelo contrário, o jogador tem por tarefa monotonicamente executar todos os zombies que lhe vão em catadupa surgindo pela frente. Definidos como Shoot and kill, existem centenas de jogos similares ao Resident Evil para deleite de todos aqueles que procuram escapulir momentaneamente à agridão da realidade do dia-a-dia.
Mas afinal o que leva Resident Evil 5 a ser digno de reparo, perguntarão por esta altura aqueles que estas linhas lêem? Pois bem, acontece que os produtores deste jogo de computador decidiram inovar no conteúdo gráfico do mesmo, alterando a localização geográfica e a composição racial dos zombies. Se o herói do jogo continua a ser o mesmo, um jovem branco com especiais aptidões físicas e uma portentosa preparação militar, já os temíveis zombies parecem ter chegado a África, disseminando-se toda a população negra desse continente.
Sempre ávidas de jogar outro tipo de jogo, o da auto-comiseração, diversas instituições negras (ou afro-americanas) dos EUA acusam Resident Evil 5 de ser um jogo racista e discriminatório, no qual se instiga ao assassínio de pessoas negras, tendo como instrumento virtual um super-herói… branco.
Porém, se nada disto que relato causa estranheza aos leitores, por habituados que estão a assistir ao recalcado coro da discriminação, habilmente explorado por algumas pessoas que padecem de um, a meu ver, infundado sentimento de inferioridade, tornar-se-á interessante atentar nos seguintes dados:
- O personagem principal do jogo é recorrentemente um homem branco.
- Se tomarmos por base a actual composição racial da humanidade, na qual a raça branca é minoritária em relação às demais e se compararmos toda a série de jogos Resident Evil, podemos concluir que efectivamente é patente a discriminação racial, na medida em que, à excepção deste vindouro Resident Evil 5, todos os malvados zombies foram retratados como pessoas brancas.

Para tornar mais compreensível vejamos o seguinte esquema:
Resident Evil 1 – Os zombies são pessoas brancas
Resident Evil 2 – Os zombies são pessoas brancas
Resident Evil 3: Nemesis – Os zombies são pessoas brancas
Resident Evil Code: Veronica – Os zombies são pessoas brancas
Resident Evil Survivor – Os zombies são pessoas brancas
Resident Evil Gaiden – Os zombies são pessoas brancas
Resident Evil: Survivor 2 Code: Veronica – Os zombies são pessoas brancas
Resident Evil Zero – Os zombies são pessoas brancas
Resident Evil: Dead Aim – Os zombies são pessoas brancas
Resident Evil Outbreak – Os zombies são pessoas brancas
Resident Evil Outbreak File #2 – Os zombies são pessoas brancas
Resident Evil 4 – Os zombies são pessoas brancas
Resident Evil: The Umbrella Chronicles – Os zombies são pessoas brancas
Resident Evil 5 – Os zombies são pessoas negras.

Conclusão, a Capcom, uma empresa japonesa, poderá de facto ser judicialmente acusada de discriminação, racismo e preferência étnica por em 14 jogos Resident Evil por si produzidos e lançados no mercado público terem ousado retratar os zombies como pessoas brancas em 13 dos mesmos, acrescendo a esse facto que o número 13 poderá também significar uma espécie de maquinação esotérica e maléfica com o intuito de lançar sobre a raça branca uma praga bíblica de consequências catastróficas.
Enfim, haja paciência…

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